domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lightheaded


Let's talk some sense into this little head of mine. 
I'm at a good job. It's a perfectly fine job, actually, for someone who has no idea what she's doing and doesn't want to work in her field. 
That's not the issue. The issue is around this and the free time...the time that is supposed to go towards investing in something...Ok, so I translated this week, got a few bucks more this month, I should be thrilled. I am, but I want more, more, more. 
So, Impatience, yes, I know.
I get swept away by these bouts of impatience slash agony that make me feel like a balloon...I start swelling up, literally. I feel my head swelling, my lungs swelling, the difficulty in breathing, in thinking, everything full of air. And then I have to quiet myself down, I have to sit in a corner and count to 10, I have to limit the world to that corner before the balloon goes POP!
There is nothing to be done when the swelling starts other than this little ritual and self-soothing. I have to wait until I can breathe again, deflate deflate!
I have to wait until the world seems livable again and I'm not a balloon person waiting to pop. That's the least one should hope for.
To look at your feet and not see the sky upside down - to see your feet. 

Ok, some sense is returning. Outside of this job, I just have to be patient and not lose sight of certain things...Like, the reason I went there asking for a job in the first place. Like what I want to do with all these languages in my head. Like my budget and monthly expenses. "Welcome to the real world she said, condenscendenly..." That just came to me, the John Mayer lines...
Stream of consciousness tonight, it seems. My eight grade teacher told me to do this kind of writing everyday for it would be good not only for the writer in me, but for my psyche. I kept that letter for a long time, she really believed in me and the writing ready to pour out of my every cell, and that letter was a cherished object of mine...too bad I don't know where it is anymore.

Today I have two lines, one for each side of me that pulls and tugs.
Two screaming bright beige ones, never red, never?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Papillon

Butterfly by Laisa B.J.

Oscilo entre aceitar completamente a situação atual e querer sair dela o mais rápido possível.
Entre encontrar sentido no que se apresenta e correr atrás de algo que faça sentido proposital (sem falar os dois ao mesmo tempo)
Então, tudo bem, poderia dizer e, de fato, digo.
Percebo o quanto que meus questionamentos fazem parte integral da minha identidade, pois sem eles eu começo a me afastar de mim mesma. A angústia que trazem não são tão indesejáveis quanto imaginava, pois percebo como me trazem a esse lugar no qual me sinto mais "em casa".
Mais indesejável seria me sossegar e afundar na inércia que essa calma aparente traz, mais perigoso que a angústia que me faz flutuar de flor em flor e ver o mundo um pouquinho de outro ângulo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Frog Pondering

(artwork by John Lennon)

arghy arghy argh!
Snap, crackle, snap!

Parece que o CRP adivinhou que não estou fazendo uso desse tal de número e não me mandaram boletos esse ano...o que fazer? Sento-me na inércia.

Parece que o universo lembrou que quero traduzir e me mandou um cliente potencial. Amanhã ligo.

Parece que achei um ninho no meio dos uniformes vermelhos e nossas rotinas.

Parece que achei outro ninho no consultório da E. e hoje foi mais uma prova disso.

Parece que não tenho tempo de cuidar da minha aparência, que coisa! Sinto-me em grande necessidade de um salão.

Parece que o horário de verão acabou. O escuro vem na hora que deveria, tudo se alterou uma hora para cá.

and yet,
arghy arghy argh!
Snap, crackle, snap!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Love You Madly


Love you madly, dearly, deeply.
So much, every day
You are my days, integral part, the background, the foreground
Love you so.
If I could eat your skin, I would
Inhale it, the smell of your bedhead
the smell of your products, sprayed or brushed
Love you madly, dearly, deeply.
Your crazy lovely moments
your indignation and seriousness
your social causes
you conscience
il mio pazzo, mio ragazzo
your boyish grin and the deepness in your eyes.
The warmth of your hand, the weight
your different ways of telling me you love me...
Love you madly
Love you dearly
Love you deeply
Love you, dear. 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Assim


Estou tão assim esses dias que não sei dizer ao certo que dia é. Quando digo assim, leia-se: ASSIM.
ASSIM seria como?
Entrando de cara numa vida que há um mês era pura novidade e especulação. Me achando no meu pequeno espaço no trabalho. Hoje minha "chefe imediata" me disse coisas que me fizeram muito feliz, MUITO FELIZ. Foram elogios simples, de como estava indo bem e como era boa no que fazia, mas eu me senti inflar literalmente, lá mesmo sentada no tapetinho com tres crianças tentando compartilhar meu colo. Me senti inflar, nada estava pesando - feliz de estar sendo reconhecido dentro do sofrimento que tem sido essas semanas, apesar dela não fazer idéia de nada disso; sofrimento de insegurança e muito esforço. è uma sensação difícil de descrever, mas vale uma lágrima de felicidade. Está valendo a pena.

Eu me aventuro a dizer que hoje é 4a...certo?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Give me the Understanding



I want the world to stop, 
I want the world to stop,
give me the morning
give me the understanding...
Let me step out of my shell
I'm wrapped in sheets of milky winter disorder
Let me feel the air again, the talk of friends
The mind of someone my equal
(B&S)

Estou lutando contra uma gripe desde 5a. "Lutando contra" talvez seja um exagero, é algo mais parecido com "me entregando" aos braços de uma gripe desde 5a. Não entendo bem, mas ela me faz sentir mais segura, mais contida. 
Até agora minhas manhãs estão mortas, no sentido de que não estou fazendo nada com elas que não estaria fazendo sem esse emprego. A saber, usando-as para dormir, acordar aos poucos e ficar à toa em casa, vendo email, tv, francês...Não é de todo ruim, só fico com a sensação que todo meu dia gira em torno da escola e isso sim me assusta.
Estou tentando não ficar com tanto medo. Logicamente, eu sei que dou conta. Logicamente, eu entendo, eu sei repassar os passos do dia, o que deve ser feito, como lidar com certas situações, o que foge ao meu controle, etc. Mas esse logicamente não têm me bastado para segurar o sentimento de puro pânico que insiste em vir. Talvez tenha algo a ver com o fato de eu saber que eu dou conta apesar desse sentimento, que vou ter que conviver com ele pois nem mesmo a lógica tem poder contra ele. Então o que teria? 
Que saco, que saco, que saco.
Mais uma vez nessa situação: começo algo para sentir que não sou uma medrosa covarde, me engajo 100% para alguns dias depois começar a passar mal e me arrepender amargamente. What to do, what to do? Aí vou passar o resto do semestre me forçando a ir, para provar que POSSO? Para provar que DOU CONTA pra mim mesma? Isso eu já sei. Isso já me foi feito claríssimo nas outras escolas, nas outras situações de profundo estresse emocional. 
Droga. 
Então, c'est la vie, é isso? 
Continuo com a pergunta piegas de sempre: haverá um lugar no mundo para mim? Um lugar de verdade, com o aconchego e o sentimento de competência e tranquilidade? Existe isso? Se eu desistir dessa idéia - qualquer que seja - de que vai melhorar com o tempo, de que vou me sentir melhor, que vou encontrar algo ou que vai passar, etc., o que me resta? Não posso abrir mão dessa idéia jamais. 
Parte de mim quer que essa gripe vire um monstro e me devore inteira, parte quer que melhore logo pra poder fazer as coisas com mais facilidade (parte pequena, admito).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

For the Records

Let me state, for the records, that I am hating February, this February.
It's Sunday and I feel like doing absolutely nothing. Wait, that might get misconstrued..I feel like DOING NOTHING, I can't bring myself to want to do anything...is that different?
I am secretly conspiring to get out of here again. Any excuse to get out of here, or change my job..
 I wonder...
I feel like calling my psychologist and talking to her, instead I just try to imagine what she would say and go from there.
I can't whine about my job anymore, I mean, it's gonna happen, like it or not. I'm not about to go quitting, so tomorrow I'm going to be there and it's all going to happen all over again. I'm still hanging on to the hope and the promise that this is supposed to get easier. That the kids will get easier, that I will feel more confident. Lord, I hope this is true. I'm worried about my uncanny ability of remaining high up there in my anxiety even when I don't need it anymore.
I want to travel so bad.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Doing the Jellyfish


Vontade de escrever, sobre qualquer coisa. 
A rotina na escola aos poucos se está tornando algo mais palpável, mas confiável. São muitos pequenos, os meus pequenos, mas basta um ano e pouco de vida para já terem suas vontades e birras fenomenais, além das outras coisas que todos sabem que fazem os bebês serem fofos. Mas...sinto que já lhes conheço melhor, do tipo, é, eu sei que você é lindo de morrer e fofinho quando fala balbuciando assim, mas também sei quando você vira gente humana, com as chatices implícitas. Ou seja, tô te vendo!
As pernas estão se acostumando também...pernas, joelhos, coxas, pés, tornozelo...cada centímetro está sentindo o esforço requerido de ter que acompanhar o ritmo deles. 
Estamos chegando no final da segunda semana e já penso tanta coisa. Penso que é desesperador, penso que não vejo a hora de chegar julho, penso que raios fui fazer nessa escola, penso que estou aprendendo horrores e é por isso que o cansaço está tão grande. A experiência está intensa, tanto é que na hora de dormir eu ouço as vozes das "misses", as vozes das crianças (os gritos e choros especialmente!), as músicas que cantamos...vejo o vermelho do uniforme, o verde da massinha...ó, a massinha tem uma consistência e um cheiro que fica na mão que não aguento mais!

I'm listening to Jack Johnson's Bubble Toes...
When you move like a jellyfish, rythym is nothing you go with the flow you don't stop...

É tipo isso. Go with the flow, you don't stop...Penso em parar várias vezes, as vezes me vem pânico, "como vou aguentar meses disso?" Dá vontade de chorar, sinceramente. Não sei o que é tão extenuante trabalhar com estas pequenas criaturas, um misto de enorme responsabilidade, atenção, vigilância, estar sempre antecipando tudo, disciplinar, brigar sem brigar...sem falar na coluna que sofre e as já citadas pernas. 

Entre essa adaptação ao novo trabalho e nova rotina, entre a visita do meu pai, entre a finalização do estágio na clínica e a visita de uma amiga do Japão, fevereiro está tendo que ser o mais aqui-agora possível. Não há tempo para devaneios e para pensar em outros sonhos, tal como a tradução e qualquer outro curso que já posso ter mencionado. Um belo exercício de aqui-agora como jamais foi visto.
Acredito que em março eu comece a sentir algum resquício de normalidade e tranquilidade.
(amen)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Frustration and Joy

My
body
is
worn
through
and
through

worn
to
its
every
fiber

commitment
learning
affection
limits and rules
restraint
and joy
frustration
rewards

worn
through
and
through

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E lembrei de um tempo...

"Here I stand six feet small
and smiling cause I'm scared as hell..."

 (J. Mayer)




Hoje o post foi presenteado...as letras da música abaixo dizem muito mais do que eu poderia sonhar em dizer hoje...
Seja pelas crianças que choram e se aconchegam no meu colo agora diariamente, seja por eu mesma.


Poema (Cazuza/Frejat)


Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dad Here

Funny having my dad here.
Funny getting home and seeing his shirts hanging by the window and have his Flex shampoo smell in the house as soon as I walk in. It's nice, though, don't get me wrong. Funny and nice. A pleasant difference in my routine.

And funny the way it is...I wrote about psychology the last post and missing it and all that...But during class I was not missing it at all, I actually missed my baby-students. I felt nauseous and uneasy with all the Buber talk, all the therapy talk. I felt sick when the professor went on and on about existential difficulties and impossibilites, corroborating all my recent soul-seeking and questioning.

So, go figure.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

My Element..?


I never thought I'd actually be grateful to have to go to IGTB, but I am this week. Something familiar in a storm of newness and high stress levels.
Amazing enough, there I know what to do, I get it. I am in my element, as much as I may not be finding ways to be in it, when I am, I am. A few minutes ago I thought: what if I told one of my patients to be a psychologist for a day, to conduct some sessions and write up a report? They'd probably look at me in terror and ignorance...and feel like I feel nowadays...
 It suddenly dawned on me that I am so much more qualified than I imagine, that all this that I just take for granted and that comes naturally I actually have a liscence and recognition to practice.

Now that I'm out here on my own, not being a psychologist, I miss it. I actually miss it.
What am I doing? I don't know how to find my way back, or forwards or whatbeit.

what am i doing?