Observo de um prédio em alguma cidade litorânea o mar em ressaca e ondas que invadem as ruas - violentas, repetitivas. Os carros começam a virar com sua força.
Digo para uma colega (Nicole) que está comigo:
-se prepare, porque a UnB vai alagar total...primeiro o subsolo, depois o térreo!
Como quem diz com voz de experiência, "vai se acostumando!"
Estou hipnotizada, assistindo às ondas virando os carros.
change of scenario
Estou passando por umas salas junto com algumas pessoas e passamos por uma sala onde alguém anuncia "Esse é o quarto da existência" e na hora eu capto o que ele quis dizer e complemento:
-Porque aqui os objetos têm sentido para a consciência que as percebem!
Percebo que isso faz do quarto anterior o quarto da essência, e sorrio ao me dar conta que realmente entendo a essência da fenomenologia e acho simplesmente genial.
Que tal?
Caralho!!! Acho que o Adriano (Holanda, antes que o Ezequiel pergunte "que Adriano?")penetrou no seu inconsciente de forma misteriosa!!! Kkkk!
ResponderExcluirAdorei o texto, adorei as cenas! Que sonho mais profundo e aplicado à teoria! Risos. Invejinha de não ter sonhos legais assim... hehehehehe!!!
Beeeeijo! Na
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ResponderExcluirHá! Seria ótimo se essa UnB fosse alagada e daí algumas coisinhas se destruissem, principalmente os pilares de rigidez e os telhados de arrogância. O mezanino de narcismos e tantas coisas que não nos deixar ser universais, na universidade, na vida. Enfim, eu penso que é muito imprudente acumular tanta água sem dar uma finalidade pra ela.
ResponderExcluirE já que estamos falando de água, arquitetura e subjetividade, quem sabe essa é a oportunidade de uma construção de sujeitos mais líquidos, e portanto, que saibam nadar, e quem sabe, mergulhar.
Mergulhar é se aprofundar. Se aprofundar é deixar de blá blá blá. E deixar de blá blá blá é viver. Pra isso, é necessário saber onde se vive. Se vive na intimidade do quarto, aonde as coisas fazem sentido pra consciência. Lá é seguro.
Eu sei que é difícil lembrar das essências, simplesmente porque não é possível vê-las. Mas sabendo onde se mora, sabe-se pelo menos que elas estão lá, e isso já é o suficiente.
Ai ai... Eu que tenho nome de profeta e você quem sonha profeticamente... Que coisa! hehehe
É uma bela dedicatória, cherry!
Beijo!