segunda-feira, 4 de junho de 2012
Luas Cheias
Lua cheia. Já são cinco luas cheias e quatro pela frente.
A barriga cresce feito essas luas, só que nunca mingua.
Se eu me entrego, tudo fica tão melhor, tão mais suave.
Se me entrego à nova realidade, à nova configuração.
Quando tento manter algo como era, em vão, sofro.
E tudo bem, agora posso dizer, tudo bem.
Os ajustes maiores já foram feitos e tenho aprendido muito.
Sobre mim, sobre meu corpo, sobre que preciso
e como conseguí-lo, ou repudiar o que não se encaixa.
Sem rodeios. O enjoo tem o dom de ensinar essa lição.
Tem uma autoridade que surge com a saliência da barriga.
Você sabe do que precisa, do que gosta, quer e não quer
e ai de quem não te escuta. Ai de você mesma se você não se escutar.
Então é isso, a entrega é mais suave.
Mais quatro luas.
Suas roupas estão aqui e as outras mil coisinhas
que daqui a pouco estarão preenchidas por você.
Com seu cheiro, cuspe, choro, perninhas gordinhas, etc...
Ó menina...
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