Alone with Cora

Hoje estou "sozinha" com Cora, sem Tia Ia, sem Ezequiel, sem mãe - só nós duas. Eu morro de medo desses momentos, mas estou disposta a encarar hoje como um aprendizado para mim e para ela, para experimentar como é, sem preconceitos e aquele medinho que eu tenho de que ela vai me sugar inteira e vai sobrar nem casquinha de maya no final do dia. Vamos ver como as coisas mudaram agora que ela está com 5 meses. 5 MESES!! What the diabos, como assim? Semana que vem ela está indo para a faculdade, praticamente.

Ela está dormindo no momento e...
Caramba, ela dorme e é tipo - PANICOOOO - uma bomba relógio foi ativada. Preciso fazer o quê? Quero fazer o quê? Dormir? Ler? Passar pano? Louça? Roupa para lavar? Escrever? Televisão? Rápido, rápido, o tempo está se esgotando!! Acabo fazendo nada direito, sempre pensando nas outras opções enquanto faço uma delas. Aí tenho que respirar e lembrar - NADA é vida ou morte. A louça não vai infestar a casa de germes e fedor, o chão pode sobreviver com aquele cabelo lá ou essa poeira aqui. Eu, por outro lado não sobrevivo sem um tempinho para respirar e relaxar. Alongamentos, automassagem, deitar e olhar para o teto, isso é essencial, apesar de me parecer um luxo sem tamanho.

Fico sonhando com situações tão estranhas, o passado na versão do presente. Me explico: situações do passado que antes me assombravam nos sonhos, mas agora com a Corinha presente. Engraçado isso. Ela é uma nova carta na manga do meu inconsciente. Um ingrediente novo nessas minhas questões e acho muito interessante ver como essas figuras interagem nos meus sonhos, se ajustando à presença da nova bebê. Ufa, agora deixa eu ir lá e ver se consigo fazer outra coisa nos minutos que me restam.