sexta-feira, 13 de julho de 2012

30 semanas

Acho que se percebe que o final de uma gestação está chegando quando você se pega lendo mais sobre o parto e o  que acontece depois que o bebê chega do que sobre a gestação em si. Isso dá um calafrio e também certa nostalgia...já estou tendo que me acostumar com a ideia de que gravidez não é para sempre. É ambíguo mesmo, fazer o quê. Começo a fazer uma listinha na minha cabeça de coisas boas que vou poder voltar a fazer sem a barrigona. Primeiro, opções de roupa vão aumentar (oh, grande consolo...), vou poder me movimentar com mais liberdade. Vou poder comer sem pesar cada migalha, afinal, será só meu corpo a ser afetado. Que mais? Sei que tem mais...mas no momento está difícil. Ah sim, os mal-estares aleatórios...
Pelo jeito, tenho o que os outros chamam de barrigão. Eu nem acho ela tão grande assim, ela me parece bem proporcional a meu corpo. E tem manhã que acordo e vou pulando da cama sem sentir seu peso que só vem ao longo do dia.
Não sei se é devido à rotina mais pacata, mas tenho dormido mais, algo do qual não posso reclamar. mais que doze horas. Não de uma vez. Só estou meio carente, passando muito tempo sozinha. Os gatos parecem sentir, me seguindo pra lá e pra cá sem parar. Ou talvez eles também estejam carentes. Devido a tudo isso, minha noção de tempo está pra lá de estranha. Não sinto mais da mesma forma. Fui ao supermercado jurando que pelo menos meia hora havia passado e quando olho no relógio não fiquei nem 15 minutos. Aí estou viajando na maionese e me dou conta que não sei ao certo se é de manhã, de tarde, de noite e se o que aconteceu uma hora atrás foi ontem ou hoje mesmo.
Comecei a tricotar o cobertorzinho de novo, pela enésima vez. Desfiz o velho cheio de buraco e erros e comecei de novo. Acho que agora vai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário