segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dear Diary


Me sinto muito pequena. small, piccola, petit.
Segunda feira não bem-vinda. Estou de mal existencial com essa semana.
5 da madrugada, segundo dia em seguida que acordo em um estado total de inquietude, com dez demônios ocultos respirando sobre mim. Vejo coisas horríveis e sinto pressão de fazer com que essas imagens se concretizem. As vezes cedo à imaginação e fantasio como poderia fazer para cumprir as sugestões e sinto alívio, eles me deixam em paz, contentes. Se não cedo, fico me retorcendo pra lá e pra cá na cama, sem reconhecer meu quarto, minha vida, com azia e medo. Mil questionamentos e cobranças. "Se você não tem um plano e se esquiva de se comprometer com um, é como se você não existisse de verdade, já é um suicídio. Fugindo da vida...até quando você acha que sai impune disso? Até quando você acha que as pessoas vão permitir isso?"
A essa altura, quando não tenho respostas e sou forçada a concordar com essas vozes, vai o R. salvador da pátria e derreto no alívio que ele traz. Outra fuga. Mas eles dizem, tudo bem, até a próxima...
Vejo com pânico que não consigo "baixar", por os pés no chão, caminhar direito. Sempre tem vôos e falta de gravidade. Flutuo, crio sonhos, durmo, fujo. As únicas coisas que fazem sentido para mim são coisas que não se encaixam, aparentemente, e não fazem sentido para o mundo. Tem algo errado comigo, sempre penso, qual é a dificuldade de seguir a vida como todo mundo? Será muito orgulho, me achar melhor do que o mundo, me achar separada e não me misturo à "gentalha"?
Medo terrível de que venha um vento mais forte e me leve embora.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fai quello che sei


TRANSLATE:
To change from one form or medium into another
Change - alter - modify- transform - diagonalize
Move - displace
Make sense of a language, read, interpret
Determine, find, find out, ascertain
Interpret, render, restate, ressignify
move, interact, communicate, intercommunicate, inform, tell
Repeat, reiterate, ingeminate, iterate, restate, retell
Transmit, transfer, transport, channel, channelize, to serve as a medium
to be translatable, or be translatable in a certain way

What am I not if not translation in its essence? I saw a glimpse of what makes sense today, and this glimpse was my life. I saw a path, a sense, motivation.

Relief.

Faith - to be able to visualize and to be able to trust what you see and know. I know this now. Everything I do, all my dislocations, modifications, alter-lives, languages and interpreatations - lead me to now and my incessant need to translate.
A life full of mediation, of being keeper of a key that opens doors one way or another. I could take a victim's stance at always being put in the middle of situations that did not pertain to me, or I can see it all as destiny. A translator is always put in the middle, in fact, he searches for the middle invisible ground that can unite two unseemingly uncommunicatable entities. Such as...mom and sister...such as...North and South...such as...Mom and Dad...such as...Syllable-timed and stress-timed...inner and outer world...My classmates and the assigments...etc...
In Italy I found my middle ground, it seems. Neither there nor here, neither mom nor dad, neither English nor Portuguese. My own ground! And it sung in melodies so sweet... I found my middle ground by exiting the polarities which had become my life and conquering what could be mine only. When I lose myself in translation, that is where I dream of returning or escapin to.
All that calls to me, calls upon the basis of translation: Literature, Writing, Reading, Language, Linguistics, International Relations, Teaching, Philosophy, Mediumship, Religion and even Psychology. I am always irresistably drawn to the part in each that speaks of the encounter. Encounter of Differents.


Fai quello che sei - Do what you are.

segunda-feira, 24 de maio de 2010



I'm nobody! Who are you?
Are you nobody, too?
Then there's a pair of us — don't tell!
They'd banish us, you know.

How dreary to be somebody!
How public, like a frog
To tell your name the livelong day
To an admiring bog!

Emily Dickinson


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Insieme a te non ci sto piu


Voltamos ao computador sem acentos...

Nao consigo sentir muita coisa, em termos de emoçoes mesmo. Parece que logo que aparece uma emoçao estilo carbohidrato complexo, abre-se um buraco em meu corpo que absorve a energia e a converte em ITES. Gastrointerite, gastrite, amigdalite...que mais vira?
Eu falei de rememorizaçoes na outra postagem...Uma delas que faz quase uma semana que revira e o tal tema de voce.
Eu nao consigo lembrar de voce. Voce que foi tao importante de forma tao vital, como pode isso? Nao consigo lembrar de voce, de seu cheiro, do gosto, do toque, das conversas e risadas. Nao lembro quem eu era quando me senti atraida por voce e nao consigo lembrar quem voce era quando naquele infame domingo sai da sua casa em prantos, contorcendo debaixo de um torcicolo de outra dimensao de dor. Nao sei se chorava mais pela dor do musculo ou pela dor da maneira que deixamos tudo. Ou melhor, como EU deixei as coisas...isso eu lembro vagamente. Para sair tive que praticamente assinar em sangue o documento de que eu era a unica responsavel por tudo e que voce, meu deus, voce era vitima de uma borderline desvairada, mal-diagnosticada e mal medicada. Sua fe em mim realmente impressiona.
Eu lembro de dirigir ate a farmacia mais proxima, retorcida, enxergando o mundo e as listras na pista pela horizontal da minha cabeça deitada no ombro. Lembro de entrar na farmacia e assustar o vendedor, pedindo um relaxante muscular em prantos...e alem de tudo completamente descabelada pois voce havia amarrado meu cabelo, e me perdoe, mas voce nao tem o dom de amarrar cabelo muito bem nao...Especialmetne naquele dia, paciencia zero.Vai saber o que o pobre vendedor pensou da situaçao toda absurdamente absurda e patetica. Eu te ligo apesar de tudo e peço ajuda, nao tem como dirigir e nao consigo nem abrir a porta do carro porque as chaves cairam no asfalto junto com as moedas do troco e quem diz que consigo, nao consigo, nao consigo, por favor, pela ultima vez, seja meu namorado. Orgulho zero, noçao tampouco.
Ha muito que fazemos diante da dor que em um momento qualquer nos juramos incapazes de praticar.
Voce disse nao, que nao podia ir me ajudar, passar bem. Ok, nao posso dizer que nao se deve esperar uma resposta dessa quando voce acaba de terminar com alguem e 5 minutos depois liga pedindo favores.
Entao desligo e comeco a me agachar ate o chao sem conseguir olhar para ele, tateando com as maos, pois o pescoço nao permite que o rosto vire e procure tambem. Passa um menino adolescente e o assusto tambem, com a cara toda marcada de lagrimas, torta e francamente, - doida - peço se ele pode me dar uma ajudinha e catar as chaves e moedas...Bom rapaz.

Moral da historia: cheguei em casa e o torcicolo passou aos poucos.

Eu me deixei convencer naquele dia da minha insanidade e incapacidade de relacionar com qualquer ser humano. Por uns bons meses depois so conseguia me enxergar por esses seus olhos e palavras e te digo agora: doeram. Junto com muitas outras que so agora consigo repudiar com toda a força apropriada da raiva diante do que causa injuria.
Foi preciso um mutirao de pessoas, a começar pelo psiquiatra que logo repudiou a hipotese que eu trouxe (tremendo) de borderline e que me apontou o obvio da maldade, ou no minimo da extrema distorçao, por tras de muitas frases suas que ecoavam na minha alma.
Seuproblemaequevocenaosecompromete
ninguemvaiteamarcomoeu oquetemoseespecialevocetemduvidasvoceficaduvidando
eunaoaguentoissovocememachucacomtantafrieza
tenhomedodevoceficarsozinha
soeuconsigoteaguentaretecompreenderetedartantoamor
eusotedouamoromaispuroamorevocefrancamentequantaingratidao
naoaguentomaisvervocechorare
voceaindapensaemsermae
vocesabequenaoeumbompartidone?
conheceotaldoborderline?pensenisso
Nao quero mais escutar isso.
Ressignificaçoes...
Algumas frases retornam nesse presente tao repleto de novo, "exigindo reconciliaçoes".
Mas nao sei como fazer isso se nao lembro de voce, nao lembro de mim, nao nos reconheço; somos dois estranhos oramai.


terça-feira, 18 de maio de 2010

A Simple Quote


And the puzzle will last till somebody will say
There’s a lot to be done while your head is still young
If you put down your pen, leave your worries behind
Then the moment will come, and the memory will shine

B&S



Na fila do banco

Não sei o assunto de hoje, tenho esperança de que ele surja a medida que vou traçando algumas considerações.
Encontrei um colega da UnB na fila do banco hoje, um colega colega mesmo, sem nenhuma intimidade porém com aquela coisa de "poxa, temos que conversar alguma coisa...".
e o curso? Tá trabalhando na área? Estudando? Atendendo, puxa, legal, consultório? hmm, hmmm...ah sim, especialização, etc. etc e coisa e tal. E assim chegou a vez dele e a conversa se rompeu e soltei um suspiro que não sabia ter guardado dentro de tanta tensão. Não consigo sustentar mais muita coisa. Fingir interesse no destino dos colegas, nos seus consultórios, nos seus entusiasmos pelo começo de carreira, os caminhos que desbravam. Fingir que o fato de eu estar fazendo "pós" quer dizer alguma coisa...é algo fácil de falar e que encerra indagações - pronto, dei satisfação do que estou fazendo com meu diploma! Perfeitamente entendível fazer uma pós e ainda não estar atendendo.
Quando imaginei esse colega em seu consultório, frente a frente com o paciente, naquela intimidade e toda a situação de setting juro que quis vomitar. Não por ele, poxa, ele pode ser um ótimo psicólogo...mas pela idéia toda. A dor do estômago se intensifica...Está virando um buraco que estou cavando para poder sair por algum lado, nem que seja ao avesso.

domingo, 16 de maio de 2010

Lights Will Guide You Home




We carry our homes within us which enables us to fly - John Cage

Touched by an Angel

We, unaccustomed to courage
exiles from delight
live coiled in shells of loneliness
until love leaves its high holy temple
and comes into our sight
to liberate us into life.

Love arrives
and in its train come ecstasies
old memories of pleasure
ancient histories of pain.
Yet if we are bold,
love strikes away the chains of fear
from our souls.

We are weaned from our timidity
In the flush of love's light
we dare be brave
And suddenly we see
that love costs all we are
and will ever be.
Yet it is only love
which sets us free.

Maya Angelou

Mais uma vez...

And suddenly we see
that love costs us all we are and will ever be
yet it is only love which sets us free.

Essa minha xará não é brincadeira não. Maya Angelou escreve com tanta precisão e beleza, cada palavra canta, rima e marca fundo. Hoje coloco este poema pois o fim de semana me trouxe tudo que remete a esse quadro tão brilhantemente pintado em palavras.

Old memories of pleasure, ancient histories of pain
Não tem como não revisitar o passado cada vez que o presente concretiza mudanças. Há uma cascata de re-memorizações e quem sabe, ressignificações. Ghost figures of past present future haunting the heart...Exigiam explicações diante dos novos dados; exigiam reconciliações.
E assim, in the flush of love's light, we dare be brave.
suddenly we see...
O amor invade e nutre, dá luz e dá à luz...
Lights will guide you home and ignite your bones.

Bones ignited, coragem iluminada.



sexta-feira, 14 de maio de 2010

La mia follia


Vorrei poter parlare in italiano in qualsiasi situazione. Vorrei poter uscire per strada e leggere le cartelli che mi parlano in italiano, sentire le voci che chiccherano, chiedere informazioni, accendere la t.v...tutto in italiano...e sommergermi in questa follia linguistica, sorridendo contentissima.
In questa fantasia mi sento più io, mi sento accolta, raccolta, sicura. Non me lo so spiegare, ma è così. Come un’altra realtà dalla quale sono uscita molto tempo fa e finalmente sarei tornata, come un grembo oppure un’utero che mi sfugge alla memoria ma c’é, com tutta certezza assoluta...Nostalgica, io? Maddai...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pro-agonize

The blog you don’t know...

I have probably erased many more post than I have left posted.

Do you believe in Maya? Maya, voce acredita em voce? A dream asked me this question this morning. I answered with a silent "no" and my head hung low, because the question-asker already knew the answer - he needed me to realize it.

Acreditar means to give credit to something,to validate it, not only to believe.



Dear diary,

There are too many shoes in my room and too little willpower to put them away…know the feeling?

Repetitions of life…put the shoe away, take it back out, brush your teeth, get them dirty, clean them again, breathe in, breathe out and back in again.

Eternal repetition, eternal doing and undoing. I am pure repetition, in writing, in thoughts, in attempts and mistakes.


In themes, in dreams, in phrasal structures.

Wonder comes out of the moments when we step slightly out of scheme and suddenly see everything from an entirely different perspective. Then you go back to repetition and the familiar, but now something has opened up, a new idea, a new possibility, not so new, not so unlikely as it first seemed –till there comes a moment when that newness has become your nowness and starts to participate in the regular throws of repetition. So, alas! The illusion returns that nothing changes and dear Lord, get me away from here, etc…and then the reverse can happen…you take one step out of line, back to where you were before opening new paths, and you get a view of what it all used to be like and that’s a whole other kind of shock in and of itself…How soon we forget the world before the present and the present beliefs we hold. The shock serves as a wake up call – hey, move on, hey, be grateful, hey, look, there is always movement, there is always growth, no matter how much you desire to fight against it.

And if that’s true when we’re fighting against life’s flow, imagine when we stop a little and stop resisting, imagine what wonders can be worked…And then take that idea one step further…imagine you not only don’t resist, but become a helpful little participant, helping some things along every now and then….Like getting up and going after that thing you’ve been putting off for weeks or months or years, or stepping off the brakes of self-tolerance, forgiveness and just plain good will.

And then from there...who knows, become a little (or not so little...) protagonist and grab that sword and open headway, capable of sustaining the condition of being alone in your agony (pro-agonize), for now you have successfully nurtured and created your own and intransferrable quest, like all good heroes and hermits do.



sábado, 8 de maio de 2010

Something to Seriously Consider



"The stomach always knows what it wants, it's quite amazing like that." - in a previous post not too far away

Quando escrevi "one enormous run-on for you", nao imaginava que estava tao perto de profetizar a magnitude dos poderes estomacais de expressao. A Grandileza, or Muchness, de seus poderes, como diria o Chapeleiro de Alice. O estomago bufou feito um vulcao quinta feira, uma insurgencia espetacular de acidez e ardencia. De acordo com a medica, gastroenterite. Espero que sim, pois de acordo com o Wikipedia, dura de 1 a 3 dias, e hoje e dia numero 3.

No centro pedi um passe, pois sentia a dor delineando os contornos do meu pequeno estomago. Deitei na maca e pensei comigo mesma, "se eu pudesse ver alguma coisa, estaria todo vermelho". Tomei o passe e ele me disse, "Tava todo vermelho, como em carne viva, agora esta rosa" e acrescentou "me explicaram que tem a ver com seu estado emocional e aplicaram algo a sua fronte, para equilibrar algo algo e algo" (que nao lembro direito). Pra cuidar da alimentaçao, especialmente!
Okay, sim senhores. De repente me senti como essas jovens businesswomen de 30 e tantos anos de terninho e uma pasta executiva, falando em dois celulares ao mesmo tempo, que se consome em uma ulcera fulminante. De repente, sou essa pessoa? De repente o estresse do mundo de negocios feroz virou meu estresse?

...

Graaande silencio. Something to seriously consider.
I want my muchness in ways other than illness, I pray thee.

Ah!

E nesse exato momento, lembrei do meu sonho, aquele que me fugiu o dia todo.
Estava num grupo que planejava umas Olimpiadas, mas era muito tosco e mal-feito, pois eramos um grupo de jovens e fizemos o possivel. Inventamos tudo, as coreografias, as fantasias, as danças, etc...So que acaba a nossa Olimpiada e os proximos sao a Finlandia que chega com aquele profissionalismo todo que realmente sao as Olimpiadas, estaturas nordicas, danças no gelo e fantasias elegantes na apresentaçao de abertura...Ficamos olhando, impressionados, no topo de uma montanha onde acontece tudo e onde fica nossa "escola", que e de internato, moramos la. Eu estou indo embora e decido adotar um coelho que e enorme e meio mutilado e aleijado, pois ele foi cortado na metade e juntado novamente, so que ficou mais curto que o normal e mais pernudo que o normal, entao ele nao consegue se movimentar muito bem, mas ele e muito simpatico. Sinto um amor enorme por ele, um carinho maternal instantaneo. Vou leva-lo comigo, mas ai me dou conta que nao posso levar esse coelho aleijado comigo, pois ninguem vai aceita-lo em casa, nao vou ter ajuda nem apoio para cuidar dele. Tenho que abandona-lo. Chorando, vou embora.

Hoje nao quero parar de escrever...mesmo virando essa coisa solta assim e nada nada editado nem bem elaborado. Nada de espertezas nem tecnica. O teclado nao tem nem acentos, entao francamente, o decoro foi-se faz tempo.
Ainda estou em recuperacao da tal "gastroenterite" e ja sinto sono profundo as 8 e tantas num sabado a noite. Um leve febrilamento que me segue desde ontem mas nada que seja febre febre. Lembro de 2a feira de clientes e atendimento e negocios e pessoas irritadas e sinto o estomago queimar um pouco mais. Parece que quer chorar, se pudesse. Nao me faça voltarrrr, noooooo! Eu olho pra ele e olho pra mim e me pergunto, havera lugar para nos nesse mundao de meu deus? Preciso achar, preciso desse lugar, ou melhor, preciso acreditar que isso exista, pois desse jeito nao da, nao vale a pena, nao e vida. Nao e a minha vida.
Algumas pessoas (leia-se, mae, leia-se, todas as pessoas que operam como ela) dizem, haha, grande coisa voce ficar nervosa, bem-vinda ao mundo!
O cinismo tem o mesmo gosto de buscopam, ou para ser mais adequada ao meu novo contexto, a gotas de dipirona pingados um por um, por um...ate 4o. Nao sei o que eu vi naquele coelho que me fez leva-lo, e depois o que me fez chorar. Porque e tao dificil se sentir adequado ou sentir o mundo adequado? Porque nao ha lugar para um coelho que pula engracado e de tao feio e bonito?
E mais importante que isso, o que esta acontecendo que pessoas precisam cortar coelhos ao meio?
Something to seriously consider...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Belle and Sebastian Therapy


I call it B&S therapy, these phases when the only sound that will suffice is that of our loverly scotty group with witty vocals and instrumentals. There is nothing like rediscovering a particular song and having it come to life yet again with all the meaning it had plus new ones. Poetry dark, sarcastic and very human. They don't beat around any bushes and tinge it all with particular innocence. I find there is always an appropriate line for any situation...I'll let them speak for themselves!


I'm in a mess, I'm in a dress

Honey loving you is the greatest thing, I get to be myself and I get to sing

The girl's gotta a lot to be mad about

When your legs are black and blue, it's time to take a break

Kid in the snow, way to go! It only happens once a year, it only happens once a lifetime, make the most of it. Second just to being born, second to dying too...

And it was hard, like coming of the pills that you take to stay happy

Well, who could blame her if she wants the night to follow day and back again, who could blame her if she sleeps?

Ghost figures of past present future haunting the now

Now you've got love to burn

It broke the heart of men and flowers and girls and trees

When the first cup of coffee tastes like washing up, she knows she's losing it

You should never split a pole, you should never split at all!

You're the funny little frog in my throat

And of course,
Oh, get me away from here I'm dying, play me a song to set me free!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Semiótica do band-aid e cia.


Essa sensação que tomou conta do corpo hoje, a famosa sensação da ressaca do ataque de pânico que passou não-medicado.
Dificilmente me sinto disposta a encarar essa onda, mas hoje foi um desses dias de pensar, poxa, vamos tentar sem os químicos, né? E realmente, passou, lidei, respirei, continuei o dia, bem vivinha da silva. Porém o baque foi forte, o sono pegajoso e as olheiras do cansaço profundo do abalo total que são esses tipos de manhãs. Porque literalmente, tudo treme, treme na base e dá um medo que acho desumano. Medo pela ignorância absurda que sinto diante de mim mesma, da aparente arbitrariedade dos humores que governam, dos deuses que baixam e des-baixam.
Não sei, sinceramente, a que entendimento eu cheguei com os remédios depois desses anos todos. Amor-ódio, meu pior amigo, melhor inimigo, todos os paradoxos pensáveis. Comforto e desassossego, "em tratamento" e "dependente". Certos e errados foram embora faz muito tempo. Melhor e pior também adquiriram um status de relatividade impressionante, tanto que não consigo entrar e me colocar em discussões que envolvam assuntos desse gênero. Meu pensamento dá tantas voltas que no final não sai do lugar.
Tenho conseguido pensar melhor em imagens e agir melhor por atos simbólicos do que por muita racionalidade. Um band-aid no dedo que dói cobre uma imensidão de significados e fornece o embalo necessário. O café com leite ritualístico matinal surgiu de várias manhãs que pediam leite quente e xícaras com corações vermelhos para estômagos chorosos. Tônicos emocionais - toma aqui, você vai se sentir bem e forte. E funciona.
O mesmo vai com o remédio diário e o remédio S.O.S.
Tem um quê de mágico e fantasioso que ronda a ingestão:
O branco é como o gesso para a perna quebrada, para que eu possa correr firme e segura como fui feita pra fazer e já fiz. Guerreira com a perna quebrada, perna em algum lugar flutuante na alma.
O de gotas, para os momentos que a flecha atinge o pássaro voando, como antídoto para o veneno que vai se espalhar. As vezes é a cicuta, que faz morrer com dignidade antes da morte pelo estrangulamento, e daí do sono renasce a fênix respirando tranquila.
Nem sei o que estou falando mais, cito imagens que podem fazer nenhum sentido nessa tentativa de desenho por meio de palavras.
Pão de queijo como o remédio de conseguir descer um pouco mais a terra.
Travesseiro, abraço de fluidos envolventes e do mais profundo aconchego.
Agenda, papel que media meus acordos com o mundo, onde concordo em me comprometer. Por meio de minha caneta e minha letra, não assusta tanto.
O celular, o contato e abraço desejado à distância de um botão.
A caneta como lembrança do meu poder de expressão, de grito se as coisas pegarem.
Versos que quebram a Prosa -
e estabelecem ritmo forçado,
tal qual
o Sangue que pulsa
e rebate,
eterno cantante
do fato
de que viver
foi,
e é,
uma escolha.
Constante.

domingo, 2 de maio de 2010

Maggese


Maggio!
Omaggio a maggio!
Primo maggio, su coraggio

per qualcuno la prima rosa di maggio è una scoperta...
(...)
passerano mesi ma tu mese dopo mese di più sei presente
(...)
ogni volta, ogni maggese che ritorna a dar vita a un seme
sarà vita nuova anche per me