terça-feira, 18 de maio de 2010

Na fila do banco

Não sei o assunto de hoje, tenho esperança de que ele surja a medida que vou traçando algumas considerações.
Encontrei um colega da UnB na fila do banco hoje, um colega colega mesmo, sem nenhuma intimidade porém com aquela coisa de "poxa, temos que conversar alguma coisa...".
e o curso? Tá trabalhando na área? Estudando? Atendendo, puxa, legal, consultório? hmm, hmmm...ah sim, especialização, etc. etc e coisa e tal. E assim chegou a vez dele e a conversa se rompeu e soltei um suspiro que não sabia ter guardado dentro de tanta tensão. Não consigo sustentar mais muita coisa. Fingir interesse no destino dos colegas, nos seus consultórios, nos seus entusiasmos pelo começo de carreira, os caminhos que desbravam. Fingir que o fato de eu estar fazendo "pós" quer dizer alguma coisa...é algo fácil de falar e que encerra indagações - pronto, dei satisfação do que estou fazendo com meu diploma! Perfeitamente entendível fazer uma pós e ainda não estar atendendo.
Quando imaginei esse colega em seu consultório, frente a frente com o paciente, naquela intimidade e toda a situação de setting juro que quis vomitar. Não por ele, poxa, ele pode ser um ótimo psicólogo...mas pela idéia toda. A dor do estômago se intensifica...Está virando um buraco que estou cavando para poder sair por algum lado, nem que seja ao avesso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário