domingo, 25 de abril de 2010

Há de surgir uma estrela


Compasso de espera
Compasso de pausa
Com passos impacientes
Passos de dança
Passos que aguardam o momento e o espaço
um espaço no espaço
Um palco.
Não vejo outra opção – ou somos muita coisa, ou somos nada. Ou sou muita coisa, de importância infinita lançada às estrelas ou não...e nada disso, nada disso tem a mínima poesia e a beleza seria nossa ilusão de sentido.
Não admito meio termo, temos que ser tudo.
Não aposto na insignificância,
pois como ouvi cantar ontem:
Há de surgir uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir.
Em que giro da dança esqueci de fixar o olhar e pisei tonta, cambaleante?
Em que linha desviei o olhar e a caneta continuou, torta?
Pois como vi cantar ontem:
Há de apagar uma estrela no céu cada vez que ocê chorar
E nesse instante do show, chorei. E sorri. Minhas estrelas fizeram pirotecnias.
Vi o palco, vi o artista, vi a letra, a música, a alma – e chorei.

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