Graffi d'odio e d'amore
Non temere anima mia,
anima fragile di poeta,
trafitta, ferita,
da mille lame di vita.
Resta così: leggera!
Più in alto di poco
-di un soffio soltanto-
dal rumore del mondo,
dallo stridore della realtà
dal mantello di pezzi di vetro
a trame fitte,
intessute d'odio
per chi, come te,
vuole ancora cantare.
Non lasciarti cadere
sei sfinita, lo so
e so che fa male, ma chi credi d'ingannare?
Anche se colpita
non puoi morrire;
anche se umiliata
non sai tacere
e non puoi odiare
sei anima di poeta
-ti conosco oramai-
e per questo dolore
è già puro amore.
Margherita Trua
Riscos de ódio e de amor
Não tema, alma minha
alma frágil de poeta,
apunhalada, ferida
por mil lâminas de vida
Fique assim: leve!
Mais alto um pouco
- por um sopro só-
do barulho do mundo
do estridor da realidade
do manto de pedaços de vidro
a tramas cheias
enredadas de ódio
por quem, como você
ainda quer cantar.
Não te deixes cair
estás cansada, eu sei
e sei que doi, mas quem credes que enganas?
Mesmo golpeada
Não podes morrer;
Mesmo humilhada
Não sabes calar
E não sabes odiar
És alma de poeta
-já te conheço-
e por essa dor
é já puro amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário