domingo, 18 de abril de 2010

Non temere anima mia

Achei meu poema, escondido em um livro em uma estante em um canto de um bar de uma vilazinha no interior da Itália, quatro anos atrás. Copiei em um pedaço de papel que não sei como arranjei em um bar e um dia desses tentei achar, mas sem sucesso. Hoje achei, esperando dentro de uma agenda de 2008. A tradução é minha, allora pazienza!

Graffi d'odio e d'amore

Non temere anima mia,
anima fragile di poeta,
trafitta, ferita,
da mille lame di vita.
Resta così: leggera!
Più in alto di poco
-di un soffio soltanto-
dal rumore del mondo,
dallo stridore della realtà
dal mantello di pezzi di vetro
a trame fitte,
intessute d'odio
per chi, come te,
vuole ancora cantare.
Non lasciarti cadere
sei sfinita, lo so
e so che fa male, ma chi credi d'ingannare?
Anche se colpita
non puoi morrire;
anche se umiliata
non sai tacere
e non puoi odiare
sei anima di poeta
-ti conosco oramai-
e per questo dolore
è già puro amore.

Margherita Trua


Riscos de ódio e de amor

Não tema, alma minha
alma frágil de poeta,
apunhalada, ferida
por mil lâminas de vida
Fique assim: leve!
Mais alto um pouco
- por um sopro só-
do barulho do mundo
do estridor da realidade
do manto de pedaços de vidro
a tramas cheias
enredadas de ódio
por quem, como você
ainda quer cantar.
Não te deixes cair
estás cansada, eu sei
e sei que doi, mas quem credes que enganas?
Mesmo golpeada
Não podes morrer;
Mesmo humilhada
Não sabes calar
E não sabes odiar
És alma de poeta
-já te conheço-
e por essa dor
é já puro amor.

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