Águas de março ao contrário seriam...
Águas de setembro abrindo o verão.
WHERE ARE YOU?
Vento de chuva sem chuva, brasilienses tensos na expectativa,
fartos do crepitar da grama debaixo dos pés
e das árvores esqueléticas sem uma folha sequer.
Fartos do ar que entra difícil e sai cruel.
Prevejo danças de chuva em pleno eixão e superquadras.
Mas pior do que ficar 4 meses sem chuva é ficar reclamando de ficar 4 meses sem chuva, então prossigamos.
Estou a 3 semanas praticamente me esforçando com muita consciência para não comer carne. Algo em mim pediu para experimentar e algo em mim tem conseguido não comer mais do que peixe uma vez por semana. Juro para vocês, parar de comer carne é entrar em outra dimensão de existência. De repente um mundo de opções outras que nunca seriam consideradas antes se abrem. Novas receitas, novos ingredientes, novas maneiras de olhar o que se põe na boca. Estou em terras desconhecidas onde um simples filé de frango agora virou sinônimo de NÃO! Em apenas 3 semanas, confesso, a vontade tem diminuido, a carne me parece menos atrativa que antes. Não sinto tanta vontade. Claro, sinto cheiros e às vezes vem aquela água na boca, mas se por um instante considero quebrar o recorde, logo me vem o questionamento, mas por que você quer comer isso? Precisa mesmo? Qual o sentido de comer ou de não comer carne? Confesso também que ainda não me é muito claro o sentido do que estou fazendo. O sentido para mim, digo, pois sei dos muitos motivos que levam as pessoas a adotarem o estilo vegeta.
Por enquanto está no nível de um desafio pessoal e acho que tudo bem.
Mas é curioso isso do sentido e como algo tão simples, aparentemente, como abraçar uma causa (política-filosófica-ambiental-social-de saúde-pessoal) e evitar um item no cardápio produziu um shift ligeiro na minha experiência do mundo, quase como se estivesse em outro país.
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