quarta-feira, 1 de setembro de 2010

super super visão


Dois posts em um dia, inédito!

Pós-supervisão, 4a feira no fechar da noite, no fechar de um dia inteiro.
Saio de lá com uma tremenda dor, dor pulsante e poderosa na cabeça, em cada lado dela. 
Não faço as pazes com esse estágio e não sei onde posso colocar isso, onde cabe, onde não cabe, a quem cabe, se é que cabe a alguém além de mim.
Irritação, frustração, curiosidade, inquietude, falta de fé, tristeza. Eles desfilam no meu semblante e na minha cabeça mais ou menos nessa ordem antes, durante e depois da super-visão.
No fundo eu acredito que minhas questões são legítimas e fruto de profundo questionamentos que acho que poucos se fazem. Por exemplo: qual é o sentido dessa vida meu deus? Isso para mim é fundamental para fazer terapia, pois o que estou fazendo lá? Eu acredito na proposta da instituição? Não sei! Por que não sei? Porque há algo em mim, na minha pele, no meu vivido que me faz desconfiar e me proteger desse discurso. O que tem nisso não sei, mas cansei de tentar ignorar isso. Também me questiono, quem são os psicólogos, quem somos nós? Que formação foi dada? E talvez mais relevante ainda, que formação nos damos além daquela que nos dão? Etc. etc. etc.!
Que discurso é esse que ouço tantas vezes dos terapeutas que tentam ensinar um modo de ser e um modo de viver? De onde falam, do que falam?
Me questiono tanto questiono tanto tudo, ávida por sentidos.
À luz disso tudo, a dor de cabeça não me surpreende mais tanto assim.

Mudando um pouco de assunto: mon cher, tanto amor que brota e transborda, amor e saudade que fazem o coração apertar. "Estamos caminhando bem..."
Você traz sentidos.

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