sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Decifrando psiquê


Antes de sair para um novo empreendimento de conquistar mais um possível aluno, tenho que sentar aqui e me orientar. Me sossegar. O cafezinho com leite está aqui ao alcance, minha mamadeira de adulta. 
Impressionante, mas diante dessas situações de novas possibilidades de trabalho ou de estudo (ou seja, coisas que me levariam para frente e me promoveriam) eu tenho a mesma reação que tenho desde a adolescência ou talvez até antes. A primeira reação é de sair correndo e evitar por completo a situação. Quando não sucumbo a esse impulso e decido encarar, vem o pânico que se avoluma em escala monstruosa. Essa semana foi dito e feito, nova aluna querendo me encontrar para conversar e já estou com a sensação de estar indo para minha morte, morte disfarçada no formato de um almoço amigável. Não me enganas! 
Aí sentei pra pensar, que bendita reação é essa, reação arcáica e que já passou da hora dela mesma morrer? 
A frase que sempre vem implícita nesse medo é: vão me pedir pra fazer algo muito além do que sou capaz de fazer, e vou ter que aceitar porque não posso decepcionar. 

Epa! Luzes vermelhas se acendem..
Isso não me soa estranho...e nem me parece tão sem sentido assim...é só deslocar a situação a 10 ou mais anos atrás, mudar o cenário para outros tantos, mudar a aluna por outra pessoa...e VOILA, muitas situações em que...como era? Ah sim, me pediram para fazer algo muito além do que eu era capaz de fazer e tive que aceitar porque não podia decepcionar.

Ó psiquê, nem és tão misteriosa quanto te fazes parecer...

Nenhum comentário:

Postar um comentário