quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Me silencio

O clima de chuva muda tudo.
Acabou-se a seca, acabou-se o sol escaldante, o ar seco, o céu claro.
Chuva me remete a verão, chuva me remete a Natal, chuva me remete a muito.
A outros tempos, a outra cidade. Os ânimos se interiorizam, a chuva exterioriza algo...algo...

Ainda nem choveu e sinto tudo isso. A primeira tempestade soprará outros ventos e o silêncio se fará em mim. Você foi muito esperado, muito desejado, muito querido.
Me silencio no descanso de tanto praticar a arte de esperar.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais um dia da apocalipse brasiliense

Medo desse céu de Brasília, o que está acontecendo? Parece que as definições das coisas, o contorno do céu com a terra decidiu se fundir e o azul do céu - para que? O céu cinza está derretendo sobre essa cidade e o resultado é fantasmagórico. 


Está algo assim, para os que não têm essa noção: 




(pequenas liberdades artísticas...)


Essa é a vista da janela.


Momento atual:
Sinto que outro ciclo está se fechando e outro está no horizonte. Só isso, simples assim. Esse ciclo atual se chamaria "transição do meio do ano pro final" e a nova fase se chamaria "chegando no final do ano". As coisas estão se assentando, estou me adaptando aos novos alunos, às novas demandas e estou ritmando as mudanças ao meu compasso. 







sábado, 25 de setembro de 2010

1 Year Anniversary

October in Vermont
A year ago just about, I was preparing to go on another visit to the States. See Dad, see sister, take a vacation and strentghen up for my return.
It was a milestone in 2009 and for that matter, a milestone in everything that includes US travel.
Sunny in Boston


Last year was a hell of a year with lots of phases and ups and downs and downs and downs and then a little tragic high ending in a much needed and fruitful down. That made no sense if you are not privy to the details of my life, but rest assured, it makes sense. 


So when September came around I finally decided I'd had enough of the homeopathic attempts to stabilize and I'd had enough of resisting looking for a psychiatrist on some unexistant principle, just because I knew it'd be frowned upon or seen as a sign of giving up. But after a teacher talked to me and said "only you know what you're going through, não são eles que carregam esse sofrimento", I decided I had had enough of giving all the alternative treatments more and more time. 
I was falling apart by September, stumbling through my days in yet another version of maya's breakdowns. I was so angry at myself. Unlike other times, I could not have sympathy for myself, because it was just getting so OLD! I felt out of control, I felt tired, exhausted and so sick of the same cycles.

Journal Entry, Sept. 13th, 2009


There's no point, it seems
in trying to make sense of anything
until I fix
my brain chemistry that's running
completely amok.


Because it's like...so many things come to mind, desires, hopes, fears, and at the end of the day, they just cancel each other out.
Comfort zone - dispair
Dreams - Blackness


1. Psychiatrist - urgent.




At the same time, I somehow decided that it would be a fine time to take a trip to the States. Don't ask me how I put that together, but it actually worked out well. I went to the psych and a week later I was on a plane, my bag full of my new munition. I was taking this trip to be able to bubble up, to protect myself in these precious first few weeks of waiting for the chemicals to do their magic.


I felt like I was removing myself from Brasilia in order to bubble wrap my soul. I was going to the country of indulgement and Lord how I indulged! First of all, I slept. I slept everything I wanted to, guilt-free. Second of all, I ate. I gained back the kilos I had shed with my apathy and crying fits. I ate fried food shamelessly, licking grease off my fingers and asking for more. 


Journal Entry, October 8th, 2009


Stability. I feel like my emotions or better, my thoughts, have safeguards on, or a seat belt, or SOMETHING. A tree is justa a tree is just a tree. LIFE, is just life and it's actually, GOOD. There's promise, there's joy, there's serenity and acceptance. There's ME.
I have voglia un'altra volta. Appetite, WILL, etc.whatever you wanna call it. 


Oct. 11th


Nothing is so urgent anymore, nothing is live or die. 


Oct.14th
FOOD at Quincy Market

I've developed APPETITE all of a sudden. I want to EAT everything, especially salty fatty things, of course. No salad cravings here...I don't feel freaked out at these changes or miss my old ways, old ways didn't do much good. Old ways was bone against the snow, raw flesh. Here I have tissue, fat, skin and blankets and a pillow and everything's ok. That's definitely Lexapro. It's like a Carribean Resort vacation for my mind...here, take a rest, don't worry about a thing, it's all being done for you now.I don't even feel like making those notorious lists or timelines or countdowns. I start to think about it but then I get distracted - oh look! A dandelion! - and the urge dissipates. I've been calling it being lazy but I realize it's not it at all...






Hot Chocolate

E pronto, eis minha historinha de hoje. Fui para os EUA e resgatei um pouquinho de mim e da minha história. Voltei dos EUA e fui voltando a mim, pouco a pouco. 
Sinto falta de lá as vezes e olho para essa viagem com muito carinho.
Faz um ano dessa rodada de psiquiatra e entramos na fase de re-considerar a sua necessidade e se está chegando a hora da retirada. Fica para os próximos capítulos!





sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Funny the Way it Is


Stubborn today, stubborn day.
Re-thinking some things, very pensive and pencil tapping.
Tap, tap, tap.
All I’m saying is, funny how we fall back into the same patterns as before, but in a new version of them.
Funny how that happens.
“Funny the way it is, when you think about it…”
Miss you, sugar pie 
Not a day for full sentences, not really.

Now's a good time to watch this, a rather excellent time to share in a most bizarre experience with me, if I might add: 
(copy and paste)
www.youtube.com/watch?v=R0GY7B2K7-s 

"Now the world is small, remember how it used to be
With mountains and oceans and winters and rivers and stars "

tcho!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

My new sweater

Comprei um "new sweater" e apesar das temperaturas por assim dizer, escaldantes, encontro maneiras de usá-lo; O vejo esparramado no sofá ou na cadeira e sorrio, pois é o meu novo casaco. Não é a coisa em si, é o em si da coisa, captou? Nunca pensei que pudesse falar essa frase de um jeito que fizesse sentido para mim! Outra que me veio: não é o que, é o como... :P Gestalt está impregnada no meu pensar, já era. 

   

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dança da chuva e o mundo vegeta


Águas de março ao contrário seriam...
Águas de setembro abrindo o verão. 
WHERE ARE YOU?
Vento de chuva sem  chuva, brasilienses tensos na expectativa, 
fartos do crepitar da grama debaixo dos pés 
e das árvores esqueléticas sem uma folha sequer. 
Fartos do ar que entra difícil e sai cruel. 
Prevejo danças de chuva em pleno eixão e superquadras.

Mas pior do que ficar 4 meses sem chuva é ficar reclamando de ficar 4 meses sem chuva, então prossigamos. 

Estou a 3 semanas praticamente me esforçando com muita consciência para não comer carne. Algo em mim pediu para experimentar e algo em mim tem conseguido não comer mais do que peixe uma vez por semana. Juro para vocês, parar de comer carne é entrar em outra dimensão de existência. De repente um mundo de opções outras que nunca seriam consideradas antes se abrem. Novas receitas, novos ingredientes, novas maneiras de olhar o que se põe na boca. Estou em terras desconhecidas onde um simples filé de frango agora virou sinônimo de NÃO! Em apenas 3 semanas, confesso, a vontade tem diminuido, a carne me parece menos atrativa que antes. Não sinto tanta vontade. Claro, sinto cheiros e às vezes vem aquela água na boca, mas se por um instante considero quebrar o recorde, logo me vem o questionamento, mas por que você quer comer isso? Precisa mesmo? Qual o sentido de comer ou de não comer carne? Confesso também que ainda não me é muito claro o sentido do que estou fazendo. O sentido para mim, digo, pois sei dos muitos motivos que levam as pessoas a adotarem o estilo vegeta. 
Por enquanto está no nível de um desafio pessoal e acho que tudo bem. 
Mas é curioso isso do sentido e como algo tão simples, aparentemente, como abraçar uma causa (política-filosófica-ambiental-social-de saúde-pessoal) e evitar um item no cardápio produziu um shift ligeiro na minha experiência do mundo, quase como se estivesse em outro país. 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

4 o'clock PM

Bon jour, mes petit amis.
So, I'm having a hard time writing anything in here of late. I don't want to write about current states because I'm hoping they'll just pass and there'll be nothing to write about. No importance must be given, I say, or they'll start believing they're all that jazz. 

Now that mon cher has started his new job, now that I've settled the internship impass, now that things seem stabilized and no great crisis is at hand, I'm at a bit of a loss. 

Acordando mal:

Os flashes de calor e de frio quando acordo voltaram. Acordo perdida e desorientada. Que dia é, que horas são, o que tenho que fazer hoje? O calor da barriga jorra em jatos multicoloridos, tóxicos. As cobranças. Super. 
Pesadelos, super. Terroristas, assassinatos e fantasmas.
Ando chorosa, assustada, entediada. 
Resultados:
Meus resultados são mini mini quase imperceptívies, mas estão aí. Olho para o mundo, porém, e sinto derrota. 

"Não há culpa, há orgulho, muito orgulho". Tento me lembrar disso. 


Quando acordo desse jeito, por volta das 3, 4 da tarde começo a me me sentir melhor, acordando do transe (com a ajuda de uma boa xícara de café).
Eu só quero que esse dia passe, que eu faça o que tem que ser feito e que passe. 

sábado, 18 de setembro de 2010

Bom dia

Os pequenos gestos. O som da respiração ao meu lado junto com o sorriso de bom dia. 
O jeito de acordar, o jeito de dormir.
As rotinas, o vai, o vem, o beijo, o queijo.
Ensaios de um futuro que sonhamos e antecipamos, sem pressa, ao seu tempo. 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sonho: Acordando


Acordo em um hospital. Deitada em uma cama branca, médicos e enfermeiros passam de lá para cá. Uma médica percebe que acordei e vem me dar um “contraste” para tomar. Aos poucos percebo que consigo ver minhas veias e artérias nos braços, alguns azuis, outros vermelhos. Estão procurando por algo, ou testando algo. Começo a investigar o que aconteceu e consigo deduzir que apaguei e me levaram ao hospital. Aos poucos vou conseguindo respostas, minha mãe está e me responde. Estou no hspital faz um mês, inconsciente. Começo a me apavorar com a história. Tem algo errado com meu sangue, estão tentando descobrir. Parece que estava “grosso” ou algo assim antes de desmaiar. Estão me tratando a um mês. Pergunto, e o Ez? Fico desesperada ao pensar que ele está a um mês sem saber se vou acordar ou não, como que ele estará? Ligo pra ele e ele não se contém de emoção de que sou eu no telefone, acordei! Eu começo a chorar também, meu bem, estou aqui, sou eu, sou eu. Ele me diz que viu que sem mim não tem sentido na vida dele, que ele passou as ultimas semanas bebendo todas com os amigos, perdido, se acabando. Na tela da minha mente passam imagens, tipo fotos, dele nessas festas e completamente bêbado. Ele me implora perdão por ter parado de ir ao hospital me visitar, não agüentava mais me ver definhando na cama. Eu choro e  e digo que não tem problema, não estou magoada e peço para ele passar lá e me ver, porque ainda não posso sair.
De volta no hospital, estou ansiosa, querendo sair. Ando para lá e para cá, manchas roxas formam nas minhas pernas. A médica vem me examinar e acha estranho que só tem nas minhas pernas, isso aparentemente não é um bom sinal. Vários enfermeiros diferentes ficam me espetando com agulhas, ora para injetar, ora para tirar para exames. Todos me conhecem por ter passado o mês lá inconsciente e alguns se emocionam ao me ver acordada, queriam me conhecer. Insisto em saber o que está acontecendo comigo mas ninguém diz nada, só dizem que tem a ver com meu sangue. Me pergunto se ainda corro risco de apagar novamente e deduzo que os sintomas apareceram antes de parar no hosptial, com os cansaços estranhos e falta de energia que vinha sentindo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Vigiai


Preste atenção, vigiai, organizai.
my sweet sweet cher, things are muddling up in my head. I want to apologize and apologize yet I'm not sure what for and I know you don't want or need it.
I'm sorry it's confusing, I feel I'm slipping away, I'm scared, I hate it.
Toda vez que dizemos tchau e fisicamente nos afastamos, sinto tanto medo e logo em seguida medo de te assustar com minha pouca habilidade em lidar com isso.
Madness

Como quien tira a una cuerda que se romperá, tirar tirar tirar tirar

Nunca vi uma semana passar tão lentamente como esta. Teve mil dias e mil vidas em uma. Ocorreu um shift, desde o outro fim de semana, shift.
Shhh...just hold me tonight, just hold me, please don't let me go.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

No, This is How it Works



I
am
so
tired!

And - 
I
am
so
grateful that tomorrow I don't need an alarm clock to jolt me out of the best of sleep.
What a hellovacrazy week, weird holiday and weird new routine with weird new students, hehe...
Adaptação, deusa implacável, tu me tens refem pelos pulsos e eu me rendo, dia após dia, dia após dia, dia após...zzzzzzzz....cansaço! Exige muito da minha pessoa não cair nas armadilhas ansiogênicas e mudar reações tão arraigadas, mas estamos aí. 
Como diria Regina Spektor,
 
"This is how it works, you try until you can't, you laugh until you cry, you cry until you laugh, and everyone must breathe until their dying breath...No, this is how it works, you peer inside yourself and take the things you like and try to love the things you took and then you take that love you made and stick it into some, someone else's heart, pumping someone else's blood"

Matutações randômicas: o preço do meu trabalho, a questão do cobrar e impor valores. Isso tem me incomodado bastante e, pra falar a verdade, sempre me incomodou. O incômodo chega a ser tanto que as vezes me sinto tentada a pagar o aluno para me deixar dar aula sem o tal incômodo! É tanto medo de provocar incômodo, tanto medo de ser mal-vista, aiaiaiaiai.
Mas então, fiquei pensando aqui comigo sobre essa questão - vocês aí querem algo de mim, me vêm em posição de dar esse algo ou prestar esse serviço que vocês desejam, ok. Meu preço é como se eu disesse: "Pode ser, mas preciso de condições para me manter saudável, competente e acima de tudo, VIVA, para poder fazer isso por vocês." E nessa relação aí entra o dinheiro, símbolo desse contrato. :P Capisci?
Vocês querem que eu tenha condições de ir para a sua casa, te dar aula, conduzir teu processo...então é isso.

Enough of that. I'm simply self-soothing, that's all this is. I don't think I breathed today, this whole long day. My tummy feels the strain of the tension that comes with the territory of not breathing. 
My first impulse when I feel this tension is to eat it out with sweets. Doces cheios de massa, bolos, bolachas, cookies, brownies, etcetera, you get the caloric picture. I gave in a little bit to it right now, because dear Lord, it WORKS. Eating WORKS. It's not an illusion or an unreal way of soothing, it's the most primitive kind, come to think of it. Tudo que é infantil remete a isso. Amamentação, mamadeira, dar comida na boca, "já comeu??", tem que comer tudo no prato!, não pode comer isso antes do almoço, só ganha sobremesa se....
E além do mais, minha mãe se utilizava do food-soothing comigo direto e reto. Os melhores momentos com ela era quando ela se oferecia a montar meu prato e sentava comigo para comer ou até me dar na boca. Adorava, adorava, adorava. Não tinha o mesmo gosto se fosse eu segurando o bendito garfo. 
Ou seja, atenção! Funciona tão bem se não fosse o engordar chato que frequentemente acompanha esse hábito tão eficaz.
Estou com muito sono e falo demais. E sai sangue do nariz, ô seca infinita!!
buenas noches!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Half-awake Pillow Poetry


So sleepy it's nice
nice contrast to insomnia
crazy rumination attack insomnia
just simple sleep with sheep and good night clouds
home alone with my home alone silence
feels like home to me
feels like some space to just be
just simple sleep that asks for simple pillows
life unfolds, rewinds and forwards
but for now, pause, unfold in peace

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Decifrando psiquê


Antes de sair para um novo empreendimento de conquistar mais um possível aluno, tenho que sentar aqui e me orientar. Me sossegar. O cafezinho com leite está aqui ao alcance, minha mamadeira de adulta. 
Impressionante, mas diante dessas situações de novas possibilidades de trabalho ou de estudo (ou seja, coisas que me levariam para frente e me promoveriam) eu tenho a mesma reação que tenho desde a adolescência ou talvez até antes. A primeira reação é de sair correndo e evitar por completo a situação. Quando não sucumbo a esse impulso e decido encarar, vem o pânico que se avoluma em escala monstruosa. Essa semana foi dito e feito, nova aluna querendo me encontrar para conversar e já estou com a sensação de estar indo para minha morte, morte disfarçada no formato de um almoço amigável. Não me enganas! 
Aí sentei pra pensar, que bendita reação é essa, reação arcáica e que já passou da hora dela mesma morrer? 
A frase que sempre vem implícita nesse medo é: vão me pedir pra fazer algo muito além do que sou capaz de fazer, e vou ter que aceitar porque não posso decepcionar. 

Epa! Luzes vermelhas se acendem..
Isso não me soa estranho...e nem me parece tão sem sentido assim...é só deslocar a situação a 10 ou mais anos atrás, mudar o cenário para outros tantos, mudar a aluna por outra pessoa...e VOILA, muitas situações em que...como era? Ah sim, me pediram para fazer algo muito além do que eu era capaz de fazer e tive que aceitar porque não podia decepcionar.

Ó psiquê, nem és tão misteriosa quanto te fazes parecer...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

super super visão


Dois posts em um dia, inédito!

Pós-supervisão, 4a feira no fechar da noite, no fechar de um dia inteiro.
Saio de lá com uma tremenda dor, dor pulsante e poderosa na cabeça, em cada lado dela. 
Não faço as pazes com esse estágio e não sei onde posso colocar isso, onde cabe, onde não cabe, a quem cabe, se é que cabe a alguém além de mim.
Irritação, frustração, curiosidade, inquietude, falta de fé, tristeza. Eles desfilam no meu semblante e na minha cabeça mais ou menos nessa ordem antes, durante e depois da super-visão.
No fundo eu acredito que minhas questões são legítimas e fruto de profundo questionamentos que acho que poucos se fazem. Por exemplo: qual é o sentido dessa vida meu deus? Isso para mim é fundamental para fazer terapia, pois o que estou fazendo lá? Eu acredito na proposta da instituição? Não sei! Por que não sei? Porque há algo em mim, na minha pele, no meu vivido que me faz desconfiar e me proteger desse discurso. O que tem nisso não sei, mas cansei de tentar ignorar isso. Também me questiono, quem são os psicólogos, quem somos nós? Que formação foi dada? E talvez mais relevante ainda, que formação nos damos além daquela que nos dão? Etc. etc. etc.!
Que discurso é esse que ouço tantas vezes dos terapeutas que tentam ensinar um modo de ser e um modo de viver? De onde falam, do que falam?
Me questiono tanto questiono tanto tudo, ávida por sentidos.
À luz disso tudo, a dor de cabeça não me surpreende mais tanto assim.

Mudando um pouco de assunto: mon cher, tanto amor que brota e transborda, amor e saudade que fazem o coração apertar. "Estamos caminhando bem..."
Você traz sentidos.

Flight of Fancy

En tu silencio habita el mío
y en alguna parte de mis ojos habitó




un trozo de dolor. - Bebe




And yet, not anything will do. 
Different instances struggle for recognition and balance. 

Me vejo voando pelo ar em arcos que se entrelaçam, cores diversas  saindo das minhas mãos, dos pés e uma roda móvel de cores a girar bem em cima do estômago. Não são cores, são densidades que deixam rastros e fazem a turbina girar dia após dia. 

Ora as densidade se alastram e se proliferam e estou submersa nelas, vendo e fazendo mágica no mundo por meio delas. Quando estão a meu serviço, ó que deslumbramento! Quando perco o controle, ó que terras inexploradas, terrivelmente fascinantes!

Ora elas se contêm e cabem na palma da minha mão, ou então se aninham nas entranhas, hibernando. Um novo tipo de silêncio. Olho para meu quadrado sem entender, onde estou nessa matriz? O silêncio se aprofunda e as cores dormem com mais afinco.

 Neste momento uma mão se estende e diz: agora é a hora! Siga em frente e não olhe para trás!